A maioria das pessoas possuem dois tipos de “maré”: de azar
e de sorte. Acabo de pensar a respeito e creio que exista uma terceira maré,
não muito citado e muito menos compreensível que as anteriores. Maré estática.
Não
saberei me expressar com um termo melhor, desse jeito já fica fácil o
entendimento e diz bastante do que ela é e como se comportar nela. Não é como
se o tempo parasse, afinal, sabemos que isso não é cabível. Muito menos que o
tempo está acelerado, por mais que vivemos na ditadura “da correria”.
Tudo é efêmero,
tudo tem perdido o sentido e tudo (não) é nada.
Essa maré estática seria a definição para o que ouço quando
dizem: “você precisa parar e pensar na vida”. A vida não para. Ninguém te
espera.
Fazendo um exemplo metafórico: a vida seria a perna de
alguém correndo e eu os músculos, não posso parar para pensar na vida, tenho
que ter reflexo e agir, senão a perna trava e invés de seguir em frente cairei
ao chão, paralisado.
Nessa maré estática, eu tento organiza as ideias o mais rápido
possível, para não perder o bonde andando, para não desalinhar do que programei.
E essa é a primeira maré estática que tenho onde nada faz
sentido e, eu não consigo me organizar. Seria mais uma Tempestade estática, e
nem essas palavras juntas fazem sentido.
Será que alterei meu tempo de reação? Ou a vida mudou a
janela de tempo de resposta de todos nós? Ninguém e todo mundo, pra mim estão virando
sinônimos. E os poucos que salvam, pra mim, não quero que cheguem perto dessa
minha maré estática. Ela é má.
Essa maré passa, eu sei que sim, assim como as outras passam
também. Mas enquanto estou nela vou aproveitar e me deleitar, na dúvida e na
divagação.
Afinal, às vezes, precisamos de férias de nós mesmo...